TESTEMUNHO
Séculos pesando nas minhas costas
O universo pela frente
Sem olhar para trás
Porque eu já sofri
Nem um passo atrás
Nem um tempo perdido
☀️
Revolução ou fome
Consciência ou ignorância
Movimento ou paralisia
Chorei tanto no meu exílio
Que a luz penetrou em mim
Até descobrir o amor
Essa força que une átomos
Um Verbo que funde palavras
Entre piscadas de estrelas
☀️
A pele da minha alma
Reflete clareza
Após anos de lama e lutas
Não guardo rancor à noite
Só existe um eterno amanhecer
Onde os pássaros me cumprimentam
Recitando versos de liberdade
Minha virgindade voltou
Para beijar a mão invisível
Daquele vento sem nome
***
TESTIMONIO
Siglos pesando en mis espaldas
el universo por delante
sin mirar atrás
porque ya sufrí
ni un paso atrás
ni un tiempo perdido
☀️
Revolución o hambre
conciencia o ignorancia
movimiento o parálisis
Tanto lloré en mi destierro
que la luz penetró en mí
hasta descubrir el amor
esa fuerza que une átomos
un Verbo que funde palabras
entre guiños de estrellas
☀️
La piel de mi alma
refleja claridad
tras edades de barro y luchas
no guardo rencor a la noche
solo existe un eterno amanecer
donde los pájaros me saludan
recitando versos de libertad
Mi virginidad ha vuelto
para besar la mano invisible
de aquel viento sin nombre
***
2020 © José Manuel Fernández
2016 © Foto: Mark Mook
Prosa, Divinamente bela.
Agradeço sempre seus comentários. Beijos, Cidinha.